A Divisão Celular
Os cromossomos são responsáveis pela transmissão
dos caracteres hereditários, ou seja, dos caracteres que são
transmitidos de pais para filhos. Os tipos de cromossomos, assim como o
número deles, variam de uma espécie para a outra. As células do corpo de
um chimpanzé, por exemplo, possuem 48 cromossomos, as do corpo humano, 46 cromossomos, as do cão, 78 cromossomos e as do feijão 22.
Note que não há relação entre esse número e o grau evolutivo das espécies.
Os 23 pares de cromossomos humanos.
Os cromossomos são formados basicamente por dois tipos de substâncias químicas: proteínas e ácidos nucléicos.
O ácido nucléico encontrado nos cromossomos é o ácido
desoxirribonucléico – o DNA. O DNA é a substância química que forma o
gene. Cada gene possui um código específico, uma espécie de “instrução”
química que pode controlar determinada característica do indivíduo, como
a cor da pele, o tipo de cabelo, a altura, etc.
Cada cromossomo abriga inúmeros genes, dispostos em
ordem linear ao longo de filamentos. Atualmente, estima-se que em cada
célula humana existam de 20 mil a 25 mil genes. Os cromossomos diferem entre si quanto à forma, ao tamanho e ao número de genes que contêm.
Células haplóides e diplóides
Para que as células exerçam a sua função no corpo
dos animais, elas devem conter todos os cromossomos, isto é dois
cromossomos de cada tipo: são as células diplóides. Com exceção das
células de reprodução (gametas), todas as demais células do nosso corpo
são diplóides. Porém, algumas células possuem em seu núcleo apenas um
cromossomo de cada tipo. São as células haplóides. Os gametas humanos –
espermatozóides e óvulos – são haplóides. Portanto os gametas são
células que não exercem nenhuma função até encontrarem o gameta do outro
sexo e completarem a sua carga genética.
Nos seres humanos, tanto o espermatozóide como o
óvulo possuem 23 tipos diferentes de cromossomos, isto é, apenas um
cromossomo para cada tipo. Diz-se então que nos gametas humanos n= 23 (n
é o número de cromossomos diferentes). As demais células humanas
possuem dois cromossomos de cada tipo. Essas células possuem 46
cromossomos (23 pares) no núcleo e são representadas por 2n = 46.
Nas células diplóides do nosso corpo, os
cromossomos podem, então, ser agrupados dois a dois. Os dois cromossomos
de cada par são do mesmo tipo, por possuírem a mesma forma, o mesmo
tamanho e o mesmo número de genes. Em cada par, um é de origem materna e
outro, de origem paterna.
Tipos de divisão celular
As células são originadas a partir de outras células que se dividem. A divisão celular é comandada pelo núcleo da célula.
Ocorrem no nosso corpo dois tipos de divisão celular: a mitose e a meiose.
Antes de uma célula se dividir, formando duas
novas células, os cromossomos se duplicam no núcleo. Formam-se dois
novos núcleos cada um com 46 cromossomos. A célula então divide o seu
citoplasma em dois com cada parte contendo um núcleo com 46 cromossomos
no núcleo. Esse tipo de divisão celular, em que uma célula origina duas
células-filhas com o mesmo número de cromossomos existentes na célula
mãe, é chamado de mitose.
Portanto, a mitose garante que cada uma das
células-filhas receba um conjunto complementar de informações genéticas.
A mitose permite o crescimento do indivíduo, a substituição de células
que morrem por outras novas e a regeneração de partes lesadas do
organismo.
Mas como se formam os espermatozóides
e os óvulos, que têm somente 23 cromossomos no núcleo, diferentemente
das demais células do nosso corpo?
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Na formação de espermatozóides e de óvulos ocorre outro tipo de divisão celular: a meiose.
Nesse caso, os cromossomos também se duplicam no
núcleo da célula-mãe (diplóide), que vai se dividir e formar gametas
(células-filhas, haplóides). Mas, em vez de o núcleo se dividir uma só
vez, possibilitando a formação de duas novas células-filhas, na meiose o
núcleo se divide duas vezes. Na primeira divisão, originam-se dois
novos núcleos; na segunda, cada um dos dois novos núcleos se divide,
formando-se no total quatro novos núcleos. O processo resulta em quatro células-filhas, cada uma com 23 cromossomos.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Celula3.php
Citoesqueleto
Quando se diz que o hialoplasma é um fluido
viscoso, fica-se com a impressão de que a célula animal tem uma
consistência amolecida e que se deforma a todo o momento. Não é assim.
Um verdadeiro “esqueleto” formado por vários tipos de fibras de proteínas cruza a célula em diversas direções, dando-lhe consistência e firmeza.
Essa “armação” é importante se lembrarmos que a
célula animal é desprovida de uma membrana rígida, como acontece com a
membrana celulósica dos vegetais.
Entre as fibras protéicas componentes desse “citoesqueleto” podem ser citados os microfilamentos de actina, os microtúbulos e os filamentos intermediários.
Os microfilamentos são os mais abundantes, constituídos da proteína contráctil actina
e encontrados em todas as células eucarióticas. São extremamente finos e
flexíveis, chegando a ter 3 a 6 nm (nanômetros) de diâmetro, cruzando
a célula em diferentes direções , embora concentram-se em maior número
na periferia, logo abaixo da membrana plasmática. Muitos movimentos executados por células animais e vegetais são possíveis graças aos microfilamentos de actina.
Os microtúbulos, por sua vez, são filamentos mais grossos, de cerca de 20 a 25 nm de diâmetro, que funcionam como verdadeiros andaimes de todas as células eucarióticas. São, como o nome diz, tubulares, rígidos e constituídos por moléculas de proteínas conhecidas como tubulinas, dispostas helicoidalmente, formando um cilindro. Um exemplo, desse tipo de filamento é o que organiza o chamado fuso de divisão celular.
Nesse caso, inúmeros microtúbulos se originam e irradiam a partir de
uma região da célula conhecida como centrossomo (ou centro celular) e
desempenham papel extremamente importante na movimentação dos
cromossomos durante a divisão de uma célula.
Outro papel atribuído aos microtúbulos é o de servir como
verdadeiras “esteiras” rolantes que permitem o deslocamento de
substâncias, de vesículas e de organóides como as mitocôndrias e
cloroplastos pelo interior da célula. Isso é possível a partir da
associação de proteínas motoras com os microtúbulos.
Essas proteínas motoras ligam-se de um lado, aos microtúbulos e, do outro, à substância ou organóide que será transportado, promovendo o seu deslocamento. Por exemplo, ao longo do axônio (prolongamento) de um neurônio, as proteínas motoras conduzem, ao longo da “esteira” formada pelos microtúbulos, diversas substâncias para as terminações do axônio e que terão importante participação no funcionamento da célula nervosa. |
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito24.php
Filamentos intermediários
Os filamentos intermediários
são assim chamados por terem um diâmetro intermediário – cerca de 10 nm
– em relação aos outros dois tipos de filamentos protéicos.
Nas células que revestem a camada mais externa da pele existe grande quantidade de um tipo de filamento intermediário chamado queratina.
Um dos papeis desse filamento é impedir que as células desse tecido se
separem ou rompam ao serem submetidas, por exemplo, a um estiramento.
Além de estarem espalhadas pelo interior das
células, armando-as, moléculas de queratina promovem uma “amarração”
entre elas em determinados pontos, o que garante a estabilidade do
tecido no caso da ação de algum agente externo que tente separá-las.
Esse papel é parecido ao das barras de ferro que são utilizadas na
construção de uma coluna de concreto. Outras células possuem apreciável
quantidade de outros filamentos intermediários. É o caso das componentes
dos tecidos conjuntivos e dos neurofilamentos encontrados no interior
das células nervosas.
Resumo
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito25.php
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